Mães Narcisistas

Hoje resolvi falar de um assunto delicado e complexo. Delicado porque envolve a figura materna, que é na maior parte do tempo, abarcada por uma visão idealizada e romantizada, que nem sempre corresponde a realidade; Complexo porque dentre os muitos aspectos e nuances que envolvem a maternidade, o narcisismo refere-se a uma característica de personalidade, portanto individual, que afeta o desempenho do papel de mãe.

É importante entender que antes de serem mães, as mulheres são indivíduos, que possuem uma história prévia e que podem sim, ter problemas e limitações psicológicas e emocionais que ultrapassam o que é saudável, e essa condição será sim transmitida na sua forma de se relacionar com seus filhos, trazendo consequências, às vezes graves, para estes.

Mas como reconhecer se sua mãe é narcisista?

Primeiramente vamos ver resumidamente algumas características de uma pessoa narcisista:

  • Autopercepção de ser superior às outras pessoas;
  • Fixação por fantasias de poder;
  • Sentimentos exacerbados de auto importância, chegando a esperar tratamento especial dos outros;
  • Exploração de outros para ganho pessoal;
  • Arrogância;
  • Necessidade constante de ser o centro das atenções;
  • Falta de empatia;
  • Forte sentimento de inveja e a crença de que é invejado;
  • Senso de que deve ser obedecido;
  • Senso de que está sempre certo.

Obs: para que uma pessoa seja considerada narcisista patológico, ela deve ter a maioria desses traços e ser avaliada por especialistas (psiquiatras e psicólogos).

Se tratando de mães narcisistas, existem características mais específicas, aqui vou listar apenas algumas:

  • ser o centro das atenções, muitas vezes sendo inconveniente e chamativa;
  • exagerada importância para as aparências, preocupando constantemente com sua reputação, status e poder;
  • atua com frequência – sendo abusiva na relação com os filhos(as), porém na presença de terceiros se mostra dócil e amável;
  • Sem autocrítica – não consegue ver os próprios erros;
  • Egoísta, espera que os filhos(as) a ajudem, mas não se interessa em retribuir;
  • Controladora e mandona;
  • Manipuladora – usa as emoções dos filhos(as) contra eles;
  • Vingativa, não aceita ser contrariada, quando isso ocorre se vinga de forma fria e planejada;
  • Agressiva (pode ser física, emocional ou psicológica). Ocorre de forma explicita ou disfarçada, rebaixa os filhos(as) justificando que é para educar, ou para o bem deles, por exemplo.
  • Competitiva, vê os filhos(as) como rivais;
  • Nunca pede desculpas, etc.

Conviver com uma mãe assim é um peso e traz consequências significativas para os filhos(as). Durante a infância os abusos alteram a personalidade, aparecendo sintomas que geram dificuldades e incapacidades; na adolescência surgem sentimentos de inadequação, isolamento, depressão, baixa autoestima, fobia social, etc. Na vida adulta, os sintomas afetam também a vida profissional, a pessoa questiona sua sanidade, se sente incapaz e duvida de si mesmo, prioriza os outros e esquece-se de si, tem dificuldade de dizer não porque busca sempre agradar, possui dificuldade de se relacionar com as pessoas, etc.

Este texto é apenas informativo, pois como dito inicialmente, o assunto é complexo.

Caso você tenha se identificado, busque maiores informações e ajuda profissional. Lidar com uma mãe narcisista é bem difícil e receber auxílio adequado é importante para a recuperação psicológica e emocional. Não passe por isso sozinho(a), procure ajuda!

Emagrecer: por que é tão difícil?

A questão do emagrecimento é um assunto muito comentado atualmente. Todas as semanas vemos nos sites de variedades, blogs, capas de revistas e programas de TV uma nova dieta, um novo regime que alguma celebridade usou e simplesmente “secou” em poucas semanas.

São tantas as informações, muitas vezes divergentes, que acabam por enlouquecer qualquer pessoa que quer emagrecer e não está conseguindo isso de maneira tão fácil, tão rápida, tão simples.

O processo de emagrecimento realmente não é tão simples assim. Na realidade ele envolve muitas variáveis, que na maior parte das vezes não são comentadas e esclarecidas, porém as mesmas, tem influência direta no resultado final.

Sabemos que cada pessoa possui uma constituição física, mental, emocional e psicológica única, portanto, levar essas características pessoais em consideração ao se iniciar um processo de emagrecimento é muito importante.

O que se vê com frequência hoje são pessoas que querem emagrecer e se esforçam para isso, fazem exercícios físicos, controlam sua alimentação através de dietas, monitoram seu peso regularmente, em alguns casos tomam medicações, enfim, modificam sua rotina para conquistar seu objetivo e após algum tempo se veem frustradas e desanimadas porque não alcançaram o que queriam.

E a cada nova tentativa que não dá certo o sentimento de fracasso se acentua, pensamentos como “eu não vou conseguir”, “todo mundo emagrece menos eu”, “é muito difícil, não quero fazer dieta” invadem suas cabeças tornando cada novo começo mais complicado.

Como as emoções e forma de pensar afetam o processo de emagrecer?

Imagine que quando queremos emagrecer é normal que questionamentos como: “Será que vou conseguir?”, “Quanto tempo vai levar?” entre outros apareçam. Quando começamos a nos questionar e duvidar da nossa capacidade isso causa ansiedade, e quando ficamos ansiosos parece que sentimos mais fome, mais vontade de comer, como se isso trouxesse um alívio, uma compensação.

Outros tipos de emoções e pensamentos também podem levar uma pessoa a comer ou romper uma dieta, como por exemplo: “Tive um dia difícil, mereço comer esse doce” ou “Hoje estou triste, quero um chocolate”. Neste caso as emoções envolvidas podem ser: tristeza, desânimo, que em seguida serão acompanhados de culpa, frustração por ter comido.

Esses exemplos nos mostram como o ato de comer embora pareça completamente mecânico ou impulsivo é sempre acompanhado de pensamentos e emoções que reforçam essa maneira de agir.

Fazer terapia pode ajudar!

Lidar com as emoções e sentimentos envolvidos no processo de emagrecimento e com a maneira como a pessoa pensa, percebe e interpreta esse processo é tarefa da Psicologia. O trabalho terapêutico realizado pelo psicólogo(a) ajuda na compreensão dessas variáveis que em muitos casos não são levadas em consideração durante o processo de emagrecimento.

Identificar de forma correta como nos sentimos, percebemos as situações e como isso afeta nosso comportamento, aprendendo a lidar com isso de maneira produtiva e permanente, certamente contribui para o alcance de um resultado positivo.

A Terapia Cognitivo-Comportamental é utilizada no tratamento dos mais variados tipos de problemas consequentes de diversas áreas da vida. Ela está bastante alinhada com as necessidades das pessoas que buscam emagrecer, auxiliando tanto na resolução de problemas práticos e emocionais, como também na aquisição de novas habilidades comportamentais e cognitivas, mais adaptativas e eficazes. Deste modo, procurar a ajuda de um terapeuta para apoiar e auxiliar o processo de emagrecimento pode ser um passo importante para o seu bem estar.

Adolescência – fase de transformação

A adolescência é uma fase da vida de grandes transformações tanto físicas como psicológicas. É nesta fase que o jovem constrói seu mundo interno e forma sua identidade aprendendo assim a criar novas relações com o mundo externo, deixando a infância para trás para tornar-se adulto.

Esse processo envolve uma instabilidade no comportamento, assim em alguns momentos os jovens estão muito sociáveis, buscando conversar, interessados nas mais diversas coisas, e em outros momentos buscam se isolar, passando horas trancados nos seus quartos, evitando o contato com as pessoas.

Esse fato torna essa fase confusa, tanto para os jovens como para os pais e demais adultos que lidam com eles.

É importante entender que essa instabilidade na realidade é uma forma de ajuste. O adolescente está procurando se adaptar ao fato de não ser mais criança e ainda não ser adulto.

Diante de tantas transformações pelas quais estão passando, é natural que se voltem para seu mundo interior, buscando assim formar sua identidade.

As transformações da adolescência

Transformações físicas

Na adolescência ocorre a maturação sexual, nessa fase o corpo de meninos e meninas passa por intensas transformações, o que gera insegurança sobre a própria imagem corporal.

Nos meninos ocorre o aparecimento de pelos pubianos, nas axilas, pernas e rosto, a voz começa a engrossar, aumento do diâmetro do pênis, crescimento do pomo de Adão, etc.

Nas meninas ocorre o crescimento dos seios, aparecimentos de pelos pubianos e nas axilas, desenvolvimento dos órgãos sexuais, primeira menstruação, os quadris ficam mais largos, o útero aumenta de tamanho, etc.

Além das mudanças externas ocorre uma descarga de hormônios em ambos os casos, o que faz o jovem despertar para sua sexualidade.

Transformações psicológicas

Diante das novas descobertas (desejo sexual) e da constante transformação corporal pelo qual passam, os jovens voltam-se para seu mundo interior em busca de ajuste e organização psíquica, pois precisam encontrar uma maneira de lidar com essas novas emoções.

Nesta fase é comum os jovens sentirem-se inseguros e buscarem grupos com os quais se identificam, para se afirmarem e criarem suas opiniões, gostos e ideias sobre si e sobre o mundo

Algumas características comuns dessa fase são:

  • interiorização e isolamento – para buscarem o reajuste emocional e a intelectualização;
  • crescente consciência do “eu”;
  • busca pela independência e autonomia que por ser ainda imatura pode aparecer com comportamentos de rebeldia e agressividade;
  • adaptação progressiva aos núcleos sociais (pais, amigos, escola);
  • preocupação intensa com a aparência e busca de modelos para copiarem;
  • tornam-se mais observadores dos comportamentos dos outros para fazerem comparações com suas próprias atitudes;
  • valorização dos aspectos emocionais, pois percebem que para se sentirem felizes precisam respeitar seus sentimentos e conhecer os sentimentos dos outros;
  • necessidade de expor suas opiniões, mesmo que elas se alterem com facilidade.


Lidar com adolescentes é um desafio para os adultos, que muitas vezes perdem a paciência e ficam frustrados, pois veem sua autoridade frequentemente desafiada.

Por ser um momento de transformação, os pais devem ajudar seus filhos a passar por essa fase. Embora seja tentador tratá-los já como adultos é importante entender que eles ainda precisam de orientação e apoio para tomar decisões e controlar suas emoções.

Fazer do ambiente familiar um lugar onde eles se sintam protegidos e seguros, onde possam se expressar e ser ouvidos, amados e respeitados é a melhor maneira de mantê-los próximos.

Isso não significa que não há limites e regras que os jovens devem cumprir, mas sim que em seus lares eles podem encontrar todo o apoio que precisam para se tornarem os adultos que desejam ser!

O que é o TOC e quais são os seus sintomas

O Transtorno Obsessivo Compulsivo (conhecido também por TOC) é uma doença crônica que aflige muitas pessoas em todo o mundo. Ela faz parte dos transtornos de ansiedade e se caracteriza pela presença de sintomas obsessivos e/ou compulsivos.

O TOC muitas vezes passa despercebido por um longo período de tempo, o que propicia o agravamento dos pensamentos e comportamentos obsessivo-compulsivos. Quanto mais tempo demora a sua identificação e diagnóstico, maiores são os problemas decorrentes e sofrimento vivenciado por quem possui esse transtorno.

A demora no diagnóstico e início de tratamento ocorre por diversos fatores. Geralmente as pessoas que sofrem com TOC acreditam que podem resolver sozinhas àquilo que as incomoda, tentam controlar um problema que se repete constantemente e se veem obrigadas a realizar comportamentos contra a própria vontade. Isso as deixa envergonhadas, procurando manter segredo sobre o que está acontecendo.

Outro fator é que comportamentos repetitivos ou “manias” são aceitos com naturalidade pelas pessoas e perceber a diferença entre eles e um comportamento obsessivo-compulsivo pode fazer grande diferença, pois quanto antes o tratamento se inicia, melhores serão os resultados.

Os sintomas do TOC

São dois os sintomas que se apresentam no TOC, sendo que não existe uma regra sobre qual a intensidade e ocorrência de cada um deles.

As obsessões são as ideias, pensamentos, cenas ou imagens que surgem na mente da pessoa persistentemente. Elas se repetem constantemente sem que o indivíduo tenha controle sobre elas. Podem ou não ser seguidas de comportamentos que surgem com a função de neutralizá-las. As obsessões causam ansiedade e desconforto, pois são percebidas pela pessoa como pensamentos intrusos e estranhos. O indivíduo que sofre com as obsessões percebe que elas vêm de sua mente e não de fora, reconhece que elas são irracionais e que atrapalham suas atividades rotineiras, tenta evitá-las com comportamentos, não pensando no problema ou pensando em outras coisas.

As compulsões são comportamentos repetitivos que o indivíduo realiza para diminuir a ansiedade gerada pelos pensamentos obsessivos. Esses comportamentos ocorrem de maneira excessiva e sua função é prevenir ou aliviar o desconforto gerado pelas obsessões. Porém, vale ressaltar que o comportamento compulsivo pode ocorrer sem a presença da obsessão.

Também vale a pena lembrar que os comportamentos obsessivos e compulsivos estão presentes na espécie humana e são necessários em vários momentos de nossas vidas. Imagine que para passar em um vestibular ou concurso público, o candidato a vaga precisa estudar muito, lendo e relendo várias vezes os assuntos para poder se sair bem na prova, ou os cuidados que os pais precisam ter com um bebê recém-nascido, eles precisam lembrar constantemente de alimentá-lo, vesti-lo, limpá-lo, etc. Portanto, alguns desses comportamentos garantem nosso bem-estar e fazem parte do nosso processo de evolução.

E o que determina o TOC?

O que diferencia um comportamento repetitivo adaptado e um comportamento obsessivo-compulsivo é o grau de intensidade, desconforto e incapacidade que esse comportamento causa para a pessoa. Quando o indivíduo tem suas atividades cotidianas prejudicadas, como estudar, trabalhar, fazer compras, se relacionar com pessoas, etc., por causa desses comportamentos, é necessário procurar ajuda.

É comum que as pessoas com TOC percebam que seus pensamentos são obsessivos e não fazem sentido e que seus comportamentos compulsivos não são realmente necessários para resolver o problema que as afligem. Contudo, saber isso não é suficiente para acabar com os sintomas da doença.

Tratamento do TOC

O tratamento ideal para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo inclui a terapia, o uso de medicação indicada pelo psiquiatra, educação sobre o transtorno e apoio familiar. A pessoa com TOC precisa de ajuda e compreensão para não ser mal interpretada. Na psicoterapia, o psicólogo atua para reduzir os pensamentos obsessivos e distorções cognitivas, bem como os comportamentos compulsivos, modelando-os de maneira mais adaptativa.

Fazer terapia com o psicólogo associado ao uso de medicação é hoje a forma de tratamento mais utilizada para este transtorno. Assim sendo, é muito importante que as pessoas com TOC não se acanhem e procurem auxílio, pois existe tratamento e profissionais capacitados para ajudá-las.

Autossabotagem

A autossabotagem pode ser entendida como aqueles comportamentos que se repetem de maneira automática e trazem consequências negativas ou destrutivas.

Esses comportamentos ocorrem de maneira inconsciente, como por exemplo, a garota que cresceu com um pai alcoólatra e quando começa a namorar, escolhe justamente alguém com o mesmo problema, ou a pessoa que almeja um cargo específico e se prepara para isso, mas justamente no dia da entrevista, perde a hora e chega atrasado.

Esse tipo de comportamento repetitivo coloca a pessoa em ciclo vicioso difícil de romper, principalmente porque esses comportamentos não são conscientes e intencionais e muitas vezes embora com consequências práticas negativas, em termos emocionais trazem certo alívio, como se o objetivo a ser alcançado fosse, no fundo, de alguma maneira ameaçador.

Como funciona a autossabotagem?

A autossabotagem como dito acima se caracteriza por um comportamento automatizado, repetitivo e negativo ou destrutivo, contudo é importante entender que por trás desse comportamento existem emoções e crenças que sustentam esse comportamento.

As pessoas ao longo de suas experiências de vida, que são positivas e negativas, criam percepções pessoais sobre elas mesmas, sobre os outros e sobre o mundo. Essas percepções tornam-se crenças internas, que são verdades pessoais que moldam a forma como a pessoa percebe a realidade e interage com o mundo externo.

Vamos imaginar uma mulher, casada, com um filho, que trabalha e é boa profissional, ela está sendo sondada para receber uma promoção que é muito boa e ela gostaria muito, no entanto ela sempre ouviu da sua família que as mulheres que trabalham muito são mães ruins e ela passou a acreditar nisso.

Ela quer a promoção, mas o fato de acreditar que isso resultaria em ter menos tempo para o filho pode fazê-la sabotar o trabalho e não receber a promoção, o que a deixará frustrada e insatisfeita consigo mesmo.

Em termos emocionais a autossabotagem tem um alto custo, porque no primeiro momento, cria ansiedade, medo, apreensão e depois frustração, raiva, desapontamento, culpa e tristeza.

Como mudar?

O primeiro passo para a mudança e conseguir reconhecer os comportamentos repetitivos e negativos que você tem cometido na sua vida. Se tornar consciente das autossabotagens que vem cometendo é importante para que você possa se questionar e decidir agir de maneira diferente.

O segundo passo e verificar quais regras internas você tem se imposto e no que você vem acreditando ser correto e definitivo. Será que existem outras possibilidades? Será que dá para fazer diferente?

Albert Einstein disse: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

Mudar comportamentos e crenças internas não é fácil e se sozinho você não consegue procure ajuda, a psicoterapia é um processo de autoconhecimento que pode te auxiliar a sair da autossabotagem e caminhar para a auto realização.

Ciúme – como controlar?

O ciúme é um sentimento natural do ser humano. Todas as pessoas podem sentir ciúme em algum momento da vida. Quando esse sentimento tem o sentido de cuidado e zelo por uma pessoa ou objeto, ele é benéfico, o problema ocorre quando esse sentimento se exacerba, sai do controle e começa a trazer sofrimento para quem sente e para quem é alvo dele.

O ciúme se caracteriza por uma inquietação mental, a pessoa que o sente, tende a imaginar que perdeu importância para o ser amado, passa a suspeitar e desconfiar do parceiro(a), imaginando e percebendo os outros como ameaças ao seu relacionamento. Essa imaginação ou percepção nem sempre é baseada na realidade em si, muitas vezes, o que alimenta esses pensamentos são a insegurança, medo de abandono, necessidade de controle ou sentimento de posse da própria pessoa.

Como controlar o ciúme?

Trabalhe sua autoconfiança – as pessoas que tem confiança em si mesmas compreendem seu próprio valor e entendem que as demais pessoas também o percebem. Já pessoas que não confiam em si tem maior dificuldade de confiar nos outros e de acreditar que os outros a valorizam. Assim, em um relacionamento são levadas a pensar que o parceiro(a) podem preferir estar com “outra pessoa” ou alguém mais “interessante”. Portanto, procure identificar a causa da sua insegurança e procure resolvê-la.

Lembre-se de examinar os fatos – o ciúme nos faz ver as coisas de uma maneira distorcida. Quando se está sob seu efeito é normal perceber as coisas com algum exagero e levar para o lado negativo as atitudes do companheiro(a). Por exemplo: em uma loja seu namorado(a) é educado com o vendedor(a), dizendo “boa noite e sorrindo”. Para uma pessoa ciumenta isso é percebido como paquera, ou como se a pessoa amada estivesse interessada no outro. Isso é uma distorção causada pelo ciúme. Portanto, antes de entrar em crise tente dar atenção aos fatos, pergunte a opinião de alguém em quem confia, verifique se existem evidências reais para desconfiança ou se pode ser sua imaginação.

Evite o sentimento de posse – estamos acostumados a possuir várias coisas: casa, carro, roupas, computadores, etc., e algumas pessoas acreditam que também possuem a posse da pessoa amada. Porém nos relacionamentos as coisas funcionam de maneira diferente, porque as pessoas precisam ser conquistadas e precisam querer permanecer no relacionamento. Então, ao invés de acreditar que a pessoa te pertence lembre-se que conquistá-la todos os dias, tenha atitudes que tragam para o relacionamento cumplicidade, união, carinho, tolerância, amor, ou seja, faça com o que o outro queira estar com você.

Descubra a razão do seu ciúme – refletir sobre o seu ciúme pode dar boas pistas de como isso ocorre e de como lidar com ele. Questione-se sobre: Em que momentos sente mais ciúme? Que atitudes do parceiro(a) o incomodam mais? Existe algum tipo específico de pessoa que o se aproximar do seu companheiro(a) te deixa mais inseguro(a)? Esses são apenas alguns exemplos de perguntas, você pode fazer muitas outras!

E se eu não conseguir lidar com isso sozinho(a)?

Nem sempre controlar o ciúme é tarefa fácil. Caso você não esteja conseguindo lidar com isso sozinho procure ajuda. Existem muitos profissionais que podem te ajudar, especialmente os psicólogos, que o auxiliaram a se autoconhecer melhor, entender seus sentimentos e a modificar os comportamentos e pensamentos que estão te trazendo sofrimento.

Insegurança

A insegurança é um sentimento que geralmente surge na presença de uma situação entendida como alarmante ou perigosa. Esse sentimento traz a sensação de que não somos capazes de enfrentar a situação ou problema, mesmo tendo todo o conhecimento ou habilidade necessária.

Quando isso ocorre, o nível de ansiedade aumenta muito, podem surgir também: medo, bloqueio mental, falta de concentração, entre outras sensações. Um bom exemplo é quando temos que falar em público.

Muitas pessoas mesmo tendo todo o conhecimento sobre o assunto que vão expor se sentem ansiosas, com medo, inseguras de realizar a tarefa, e isso pode acarretar comportamentos improdutivos, como travar para falar, esquecer o conteúdo da palestra, tremer e em casos mais sérios… desistir.

Em que áreas da vida a insegurança pode surgir?

A insegurança pode surgir em todas as áreas de nossa vida, desde a profissional, quando precisamos enfrentar novas tarefas e desafios na carreira, assim como na área amorosa, quando podemos nos sentir inseguros em relação ao nosso parceiro(a) ou sobre a relação amorosa em si.

Na área da saúde física quando ficamos inseguros diante de um possível diagnóstico médico, ou sobre qual a melhor maneira de resolver um problema de saúde e também na área familiar, quando ficamos inseguros sobre nosso relacionamento com nossos pais, filhos, irmãos. Até mesmo no lazer a insegurança pode aparecer, sobre se devemos ir a tal festa, ou conversar com determinadas pessoas.

A insegurança pode surgir sempre que temos a percepção de que nossos recursos internos e competências não são suficientes para lidar com a situação ou problema, nos impedindo de fazer coisas que gostaríamos, inibindo nossa capacidade de iniciativa.

O que gera a insegurança?

A insegurança sempre traz consigo um medo, por exemplo, medo de se expor em público, medo do que os outros pensam a seu respeito, medo de ser rejeitado, medo de ficar sozinho, medo de que algo dê errado, medo de que o chefe não goste do seu trabalho, medo de errar, etc.

Pessoas inseguras muitas vezes acabam dominadas por seus medos e com isso assumem posturas equivocadas, pois encontram dificuldade em expressar claramente como pensam e o que estão sentindo.

Quais são os prejuízos que a insegurança traz?

A insegurança reduz nossa autoconfiança, nossa autoestima, nossa capacidade de correr riscos e experimentar coisas novas. Ela nos leva a adotar um comportamento de procrastinação, evitando e fugindo das situações que julgamos ameaçadoras. Isso acontece porque a medida que nos sentimos inseguros, essa emoção nos faz sentir-nos incapazes e somos inundados de pensamentos disfuncionais, negativos, que acabam por nos prender em uma espiral que aumenta o sentimento de insegurança e ansiedade.

Qual é o tratamento para a insegurança?

A psicoterapia para insegurança busca o desenvolvimento de habilidades específicas, de acordo com cada caso, que auxiliam e ajudam a pessoa a alcançar suas metas e objetivos.

A insegurança por ser uma emoção que causa os comportamentos de evitação e adiamento de tomada de decisão, pode se tornar um obstáculo para a realização da própria terapia, pois a pessoa insegura pode ter medo de expor-se ao psicólogo.

Enfrentar esse medo e perceber que para sair da insegurança é preciso mudar sua forma de pensar e agir é um grande passo, e o psicólogo é o melhor profissional para apoiá-lo e auxiliá-lo neste processo.

Como resultado da psicoterapia, a pessoa aprende a se conhecer melhor, a reconhecer suas habilidades e capacidades, aumenta a segurança em si mesmo, se sentindo bem e disposto para enfrentar novas situações e desafios em sua vida.

TDAH em Adultos

Dicas para lidar com os problemas mais comuns

O TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma doença popularmente conhecida por afetar crianças e ser descoberta durante o período escolar. O que muitas pessoas não sabem é que ela pode persistir na vida adulta.

Dentre as crianças que possuem TDAH a taxa de prevalência na idade adulta varia entre 1% a 5%. A seguir segue uma lista dos sintomas mais comuns apresentados por adultos.

  • Dificuldade de seguir rotinas
  • Procrastinação
  • Tédio para realizar as atividades, intolerância com tarefas repetitivas e monótonas
  • Dificuldade de planejamento e execução do que é proposto
  • Instabilidade profissional
  • Falta de foco e dificuldade de manter a atenção e concentração
  • Dificuldade nos relacionamentos amorosos, maior índice de divórcios e separações
  • Dificuldade nos relacionamentos sociais, instabilidade
  • Frequente alteração de humor
  • Ansiedade
  • Atrasos e esquecimentos frequentes de compromissos, reuniões
  • Impulsividade
  • Baixa tolerância a frustração
  • Dificuldade de controlar a irritação
  • Baixa capacidade de organização

Embora esses comportamentos tragam problemas para o adulto com TDAH, é importante entender que existem estratégias para lidar com essas dificuldades e que se bem utilizadas, tanto no trabalho como na vida pessoal elas podem amenizar esses problemas, possibilitando a pessoa ser bem sucedida em sua vida.

Seguem algumas dicas para lidar com o TDAH:

1. Para lidar com as alterações de humor, estresse e irritação procure dormir bem e o suficiente, pois uma noite mal dormida diminui a capacidade de manter o foco. Alimente-se bem e de forma saudável porque isso diminui a distração, a hiperatividade e o estresse. E por fim, pratique exercícios físicos, pois eles aliviam o estresse, melhoram o humor e ajudam a gastar o excesso de energia que é comum em pessoas com TDAH.

2. Procure se organizar! A desorganização facilita a distração e a falta de atenção. Quando não nos organizamos, perdemos tempo, nos sentimos frustrados e sobrecarregados. Para se organizar crie hábitos como listar e anotar as coisas que pretende fazer diariamente, priorize as coisas que forem mais importantes, coloque prazos em suas tarefas e atividades, crie um espaço com poucas distrações para estudar ou trabalhar em casa, defina lugares para as coisas (principalmente aquelas que se perdem frequentemente).

3. Não adie o que precisa ser feito. A procrastinação acentua o esquecimento, para evitar que isso ocorra procure não adiar as tarefas ou atividades, faça o que tem que ser feito, mesmo que a tarefa não seja empolgante.

4. Gerencie seu tempo! Perder compromissos importantes, chegar atrasado a reuniões, não cumprir prazos são exemplos de problemas que afetam negativamente a pessoa com TDAH. Como sua percepção do tempo é diferenciada, é necessário dar atenção para que esses problemas não se tornem crônicos, atrapalhando assim suas relações profissionais e pessoais.

Dentre suas atividades diárias defina o que é mais importante e realize essas tarefas primeiro, use um relógio para acompanhar o tempo que leva fazendo as atividades, anote o horário que começa e defina a quantidade de tempo que pretende usar para realização de cada uma. Outras estratégias são: usar alarmes para sair de casa, sair mais cedo para os compromissos para evitar atrasos e não aceitar mais tarefas ou compromissos do que é capaz de cumprir, procure sempre consultar sua agenda para verificar se é possível aceitar atividades extras, de forma que isso não o prejudique.

Essas dicas são apenas algumas estratégias para ajudar os adultos com TDAH a lidar com os problemas que frequentemente enfrentam em suas vidas. Porém é importante ressaltar que o TDAH é uma doença possui que tratamento. Procurar ajuda médica e psicológica é a maneira correta de lidar com o TDAH.

Terapia Cognitivo-Comportamental é uma abordagem de psicoterapia indicada para esses casos porque desenvolve as habilidades de resolução de problemas, o controle das emoções e flexibiliza as percepções e pensamentos negativos, ajudando os pacientes a lidar com suas dificuldades e a se sentirem mais confiantes.

Diferença entre Depressão e Tristeza

Confundir depressão com tristeza é algo bem comum. Muitas pessoas ao se verem tristes com algum fato ou acontecimento em suas vidas dizem “estou depressiva”, ou classificam a tristeza de amigos ou parentes como depressão.

Contudo, na realidade, depressão e tristeza não são a mesma coisa.

Como diferenciar?

A depressão é uma doença, já a tristeza é uma emoção.

A tristeza se caracteriza por ser fenômeno com causas externas, ou seja, ficamos tristes quando ocorre algum evento ou fato negativo em nossas vidas ou com pessoas com quem nos importamos.

Ficar triste faz parte da vida, todas as pessoas vão passar por episódios de tristeza, isso é natural, porém a tristeza tem duração limitada e quando ficamos tristes isso não impede de enxergamos coisas boas em nossas vidas.

A depressão caracteriza-se como um fenômeno interno do indivíduo, que possui sintomas e tem uma duração maior.

Ela costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias e vem acompanhada de desânimo, falta de interesse generalizado (por coisas e pessoas), altera o sono e o apetite, causa apatia, sentimento de vazio, de desemparo e prejudica o funcionamento da vida em várias áreas: profissional, relacionamentos, familiar e social.

Por que é tão fácil confundir depressão e tristeza?

Um dos motivos para a confusão entre depressão e tristeza é o fato de que os sintomas são parecidos e o tratamento várias vezes é similar. Grande parte dos remédios para depressão ajuda a combater a tristeza.

Outro motivo importante é que muitas vezes uma tristeza, ou seja, a dor por algo negativo que tenha ocorrido, como: o fim de um relacionamento, a perda de um parente, ficar desempregado, por exemplo, acaba desencadeando uma depressão que pode ser percebida pelo fato de a tristeza se prolongar além de um limite razoável e por a pessoa começar a reagir de maneira diferente do habitual.

Mesmo quando ficamos tristes, somos capazes de reagir aos estímulos positivos de prazer. Porém o deprimido dificilmente consegue. A depressão enfraquece a força de vontade. Ele não tem como lutar contra ela.

Qual é o tratamento para a depressão e para a tristeza?

Existem dois métodos de tratamento para a depressão e para a tristeza. Um se baseia na prescrição de medicamentos antidepressivos. Esse tratamento é feito pelo psiquiatra, que acompanha a pessoa, monitora a utilização da medicação e ajusta a medicação conforme cada caso.

A outra forma de tratamento é a psicoterapia. Nela é estabelecida uma relação de confiança entre o psicólogo e o cliente, onde serão tratados os aspectos emocionais e psicológicos que tem afetado a pessoa negativamente, alterando seu humor e dificultando a superação do quadro de tristeza ou depressão. Na psicoterapia, são identificadas as causas do problema.

Portanto é recomendável aliar os dois tipos de tratamento, para que em conjunto, sejam atacadas as causas e os sintomas, aumentando assim a eficácia e rapidez do tratamento.

Rejeição – por que dói tanto?

O sentimento de rejeição ou o medo de ser rejeitado é uma das experiências mais fortes e dolorosas que as pessoas enfrentam durante sua vida.

A rejeição pode ser entendida como a emoção que experimentamos quando não somos aceitos ou somos excluídos. Ela pode surgir entre os mais variados contextos: familiar, amoroso, profissional, social, acadêmico; e tem o poder de comprometer a qualidade de vida da pessoa.

Só eu me sinto assim?

Todos nós, em algum momento, já passamos por situações em que nos sentimos rejeitados, seja um amor não correspondido, uma vaga de emprego que não conseguimos, a perda do emprego, a falta de um convite para uma festa, enfim, são inúmeras as situações cotidianas que podem trazer esse sentimento à tona.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos demonstraram que a dor causada pela rejeição é igual a dor física, exames neurológicos mostraram que a experiência da rejeição ativa no cérebro as mesmas áreas que são ativadas durante a dor física, isso explica porque sentir-se rejeitado dói tanto e é tão difícil de lidar.

Como funciona o sentimento de rejeição

Quando somos feridos emocionalmente reagimos de maneira similar a uma ameaça física: procuramos nos proteger, nos afastando ou afastando a pessoa ou situação que está nos ameaçando. Se alguém nos insulta ou age de maneira que ultrapassam nossos limites emocionais, a sensação de sermos “feridos” e a dor que isso causa são reais, e, aos experimentarmos essa dor algumas vezes, passamos a buscar formas de nos proteger para evitar que isso ocorra novamente.

Ao sermos rejeitados experimentamos muitas emoções intensas como: ansiedade, medo, raiva, tristeza, decepção, frustração, etc. Todas essas emoções alteram o humor e comprometem o comportamento, fazendo com que a pessoa procure se isolar, evite novos relacionamentos, tenha dificuldade de se expressar e sinta-se insegura para enfrentar desafios.

Por que a rejeição pode trazer tantos sintomas/emoções?

Isso ocorre porque a rejeição ataca diretamente a autoestima da pessoa. Que passa a exercer uma autocrítica severa sobre si, o que aumenta o sentimento de rejeição e a faz duvidar das suas capacidades e valores.

Aprender a lidar com a rejeição é importante para nosso bem-estar. Abaixo seguem algumas sugestões de como fazer isso:

  • Ao passar por uma situação de rejeição se dê o direito de ficar chateado e dê um tempo para si mesmo para elaborar a situação, mas não exagere.
  • Converse sobre o assunto com alguém de sua confiança.
  • Aceite o que aconteceu. Quando mais rápido você aceitar a rejeição que sofreu, mas cedo você estará apto a seguir em frente, não se martirize!
  • Não perceba a rejeição como uma característica pessoal. Ser rejeitado não define quem você é!
  • Se ocupe com coisas agradáveis e retome seus projetos logo que se sentir melhor.

Procurando auxílio

E caso necessite de ajuda para lidar com a rejeição lembre-se de procurar uma psicóloga, que é a pessoa capacitada e preparada para auxiliar nas dificuldades emocionais. Conte com esse apoio!

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