A autossabotagem pode ser entendida como aqueles comportamentos que se repetem de maneira automática e trazem consequências negativas ou destrutivas.
Esses comportamentos ocorrem de maneira inconsciente, como por exemplo, a garota que cresceu com um pai alcoólatra e quando começa a namorar, escolhe justamente alguém com o mesmo problema, ou a pessoa que almeja um cargo específico e se prepara para isso, mas justamente no dia da entrevista, perde a hora e chega atrasado.
Esse tipo de comportamento repetitivo coloca a pessoa em ciclo vicioso difícil de romper, principalmente porque esses comportamentos não são conscientes e intencionais e muitas vezes embora com consequências práticas negativas, em termos emocionais trazem certo alívio, como se o objetivo a ser alcançado fosse, no fundo, de alguma maneira ameaçador.
Como funciona a autossabotagem?
A autossabotagem como dito acima se caracteriza por um comportamento automatizado, repetitivo e negativo ou destrutivo, contudo é importante entender que por trás desse comportamento existem emoções e crenças que sustentam esse comportamento.
As pessoas ao longo de suas experiências de vida, que são positivas e negativas, criam percepções pessoais sobre elas mesmas, sobre os outros e sobre o mundo. Essas percepções tornam-se crenças internas, que são verdades pessoais que moldam a forma como a pessoa percebe a realidade e interage com o mundo externo.
Vamos imaginar uma mulher, casada, com um filho, que trabalha e é boa profissional, ela está sendo sondada para receber uma promoção que é muito boa e ela gostaria muito, no entanto ela sempre ouviu da sua família que as mulheres que trabalham muito são mães ruins e ela passou a acreditar nisso.
Ela quer a promoção, mas o fato de acreditar que isso resultaria em ter menos tempo para o filho pode fazê-la sabotar o trabalho e não receber a promoção, o que a deixará frustrada e insatisfeita consigo mesmo.
Em termos emocionais a autossabotagem tem um alto custo, porque no primeiro momento, cria ansiedade, medo, apreensão e depois frustração, raiva, desapontamento, culpa e tristeza.
Como mudar?
O primeiro passo para a mudança e conseguir reconhecer os comportamentos repetitivos e negativos que você tem cometido na sua vida. Se tornar consciente das autossabotagens que vem cometendo é importante para que você possa se questionar e decidir agir de maneira diferente.
O segundo passo e verificar quais regras internas você tem se imposto e no que você vem acreditando ser correto e definitivo. Será que existem outras possibilidades? Será que dá para fazer diferente?
Albert Einstein disse: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.
Mudar comportamentos e crenças internas não é fácil e se sozinho você não consegue procure ajuda, a psicoterapia é um processo de autoconhecimento que pode te auxiliar a sair da autossabotagem e caminhar para a auto realização.