Emagrecer: por que é tão difícil?

A questão do emagrecimento é um assunto muito comentado atualmente. Todas as semanas vemos nos sites de variedades, blogs, capas de revistas e programas de TV uma nova dieta, um novo regime que alguma celebridade usou e simplesmente “secou” em poucas semanas.

São tantas as informações, muitas vezes divergentes, que acabam por enlouquecer qualquer pessoa que quer emagrecer e não está conseguindo isso de maneira tão fácil, tão rápida, tão simples.

O processo de emagrecimento realmente não é tão simples assim. Na realidade ele envolve muitas variáveis, que na maior parte das vezes não são comentadas e esclarecidas, porém as mesmas, tem influência direta no resultado final.

Sabemos que cada pessoa possui uma constituição física, mental, emocional e psicológica única, portanto, levar essas características pessoais em consideração ao se iniciar um processo de emagrecimento é muito importante.

O que se vê com frequência hoje são pessoas que querem emagrecer e se esforçam para isso, fazem exercícios físicos, controlam sua alimentação através de dietas, monitoram seu peso regularmente, em alguns casos tomam medicações, enfim, modificam sua rotina para conquistar seu objetivo e após algum tempo se veem frustradas e desanimadas porque não alcançaram o que queriam.

E a cada nova tentativa que não dá certo o sentimento de fracasso se acentua, pensamentos como “eu não vou conseguir”, “todo mundo emagrece menos eu”, “é muito difícil, não quero fazer dieta” invadem suas cabeças tornando cada novo começo mais complicado.

Como as emoções e forma de pensar afetam o processo de emagrecer?

Imagine que quando queremos emagrecer é normal que questionamentos como: “Será que vou conseguir?”, “Quanto tempo vai levar?” entre outros apareçam. Quando começamos a nos questionar e duvidar da nossa capacidade isso causa ansiedade, e quando ficamos ansiosos parece que sentimos mais fome, mais vontade de comer, como se isso trouxesse um alívio, uma compensação.

Outros tipos de emoções e pensamentos também podem levar uma pessoa a comer ou romper uma dieta, como por exemplo: “Tive um dia difícil, mereço comer esse doce” ou “Hoje estou triste, quero um chocolate”. Neste caso as emoções envolvidas podem ser: tristeza, desânimo, que em seguida serão acompanhados de culpa, frustração por ter comido.

Esses exemplos nos mostram como o ato de comer embora pareça completamente mecânico ou impulsivo é sempre acompanhado de pensamentos e emoções que reforçam essa maneira de agir.

Fazer terapia pode ajudar!

Lidar com as emoções e sentimentos envolvidos no processo de emagrecimento e com a maneira como a pessoa pensa, percebe e interpreta esse processo é tarefa da Psicologia. O trabalho terapêutico realizado pelo psicólogo(a) ajuda na compreensão dessas variáveis que em muitos casos não são levadas em consideração durante o processo de emagrecimento.

Identificar de forma correta como nos sentimos, percebemos as situações e como isso afeta nosso comportamento, aprendendo a lidar com isso de maneira produtiva e permanente, certamente contribui para o alcance de um resultado positivo.

A Terapia Cognitivo-Comportamental é utilizada no tratamento dos mais variados tipos de problemas consequentes de diversas áreas da vida. Ela está bastante alinhada com as necessidades das pessoas que buscam emagrecer, auxiliando tanto na resolução de problemas práticos e emocionais, como também na aquisição de novas habilidades comportamentais e cognitivas, mais adaptativas e eficazes. Deste modo, procurar a ajuda de um terapeuta para apoiar e auxiliar o processo de emagrecimento pode ser um passo importante para o seu bem estar.

Autossabotagem

A autossabotagem pode ser entendida como aqueles comportamentos que se repetem de maneira automática e trazem consequências negativas ou destrutivas.

Esses comportamentos ocorrem de maneira inconsciente, como por exemplo, a garota que cresceu com um pai alcoólatra e quando começa a namorar, escolhe justamente alguém com o mesmo problema, ou a pessoa que almeja um cargo específico e se prepara para isso, mas justamente no dia da entrevista, perde a hora e chega atrasado.

Esse tipo de comportamento repetitivo coloca a pessoa em ciclo vicioso difícil de romper, principalmente porque esses comportamentos não são conscientes e intencionais e muitas vezes embora com consequências práticas negativas, em termos emocionais trazem certo alívio, como se o objetivo a ser alcançado fosse, no fundo, de alguma maneira ameaçador.

Como funciona a autossabotagem?

A autossabotagem como dito acima se caracteriza por um comportamento automatizado, repetitivo e negativo ou destrutivo, contudo é importante entender que por trás desse comportamento existem emoções e crenças que sustentam esse comportamento.

As pessoas ao longo de suas experiências de vida, que são positivas e negativas, criam percepções pessoais sobre elas mesmas, sobre os outros e sobre o mundo. Essas percepções tornam-se crenças internas, que são verdades pessoais que moldam a forma como a pessoa percebe a realidade e interage com o mundo externo.

Vamos imaginar uma mulher, casada, com um filho, que trabalha e é boa profissional, ela está sendo sondada para receber uma promoção que é muito boa e ela gostaria muito, no entanto ela sempre ouviu da sua família que as mulheres que trabalham muito são mães ruins e ela passou a acreditar nisso.

Ela quer a promoção, mas o fato de acreditar que isso resultaria em ter menos tempo para o filho pode fazê-la sabotar o trabalho e não receber a promoção, o que a deixará frustrada e insatisfeita consigo mesmo.

Em termos emocionais a autossabotagem tem um alto custo, porque no primeiro momento, cria ansiedade, medo, apreensão e depois frustração, raiva, desapontamento, culpa e tristeza.

Como mudar?

O primeiro passo para a mudança e conseguir reconhecer os comportamentos repetitivos e negativos que você tem cometido na sua vida. Se tornar consciente das autossabotagens que vem cometendo é importante para que você possa se questionar e decidir agir de maneira diferente.

O segundo passo e verificar quais regras internas você tem se imposto e no que você vem acreditando ser correto e definitivo. Será que existem outras possibilidades? Será que dá para fazer diferente?

Albert Einstein disse: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

Mudar comportamentos e crenças internas não é fácil e se sozinho você não consegue procure ajuda, a psicoterapia é um processo de autoconhecimento que pode te auxiliar a sair da autossabotagem e caminhar para a auto realização.

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